segunda-feira, 11 de junho de 2007

Uma dedicatória.

Aos retirantes do lugar onde ninguem pisa.
Aos dançarinos do Ibiza
Aos gargarejos da água viva em bocas mortas e fétidas
Aos observadores da noite salutante
Aos gafanhotos fecundos que trepam sem fazer barulho
Ao ranger da porta com os seus dentes caídos
Aos choppinhos no domingo frio, ouvindo Chopin e assistindo Chaplin vestido de pretoebranco.
Ao silêncio.
As frases que saem da minha boca, como a primavera.
Aos modos.
Aos trejeitos.
Aos bijeitos.
Aos rejeitados.
As cousas.
As cores.
E a tudo que comece com aos e as, eu dedico o que eu não quero que saibam.
Palavra do Senhor.
Graças a Deus.
Porque a vanguarda não guarda nada, apenas começa e acaba.

Um comentário: