segunda-feira, 11 de junho de 2007

O Parto.

Ela era como um poema esquecido.
Ele era como um livro inacabado.
Ela tinha formas itálicas.
Ele era todo garrancho.
Uma mão feminina a guiava com um leve toque de humor.
Uma mão masculina o detetonava.
Ele não tinha modos.
Ela não tinha pose.
Ele não tinha muita idade, era frio e cauculista.
ordem do autor...
Ela não tinha rosto, nem expressões.
lapsos da poeta...
Ela era bonita em seu vestido branco.
Ele também era bonito, com sua pele cheia de morenegrice e seus olhos aveludados.
Ela vestia cetim.
Ele vestia trapo.
Os dois eram sinceros?
Sim. eram.
Ela era uma pobre desilusão. um amor na chuva.
Ele era uma ficsão fracassada.
Ele iria morrer no próximo capítulo, pois não havia mais vontade do autor.
Ela nunca seria dada para alguem, estava esquecida por aí...
E se bem querem saber o nome desse poema
eu vos digo:
A poesia encontra o poeta como o rio corre para o mar.

Um comentário:

Unknown disse...

O que impressiona além do fato dela vestir-se de cetim, é como eles se entrelaçam em seu poema, formas diferentes e puras. Beijos